Se é peremptório dizer-se que Vieira chegou ao Benfica por imposição dos interesses da banca, não é menos inverosímil afirmar-se que Noronha pretendia fazê-lo por empurrão e compadrio daqueles que abancaram à porta do Estádio da Luz, sempre à espera de esmolar um tacho e uma avença.
E se é sabido que a conjuntura de uma oportunidade é que faz a circunstância do oportunista, então se um vestiu o fato de ladrão o outro queria a alfaiataria da ocasião, porque no fundo, no fundo, as acções é que definem o carácter do homem.
Tolhido pelos acontecimentos, Vieira quer-se ver livre das acções o quanto antes, já que tem muitas dívidas e processos ainda para esfolar, e logo agora que o seu esforçado advogado de defesa e boy do PS, perde o lugar que ocupava no Conselho Superior do Ministério Público.
As más notícias não param.
Aturdido pelos comportamentos, Noronha não se quer comprometer pelas acções do seu cunhado, e muito menos pelos 34,71% dos votos electrónicos que lhe deram a medalha de prata, na tentativa desperdiçada do assalto à vara.
Compelido pelos envolvimentos, José António dos Santos, rei dos frangos para os amigos, anda a coleccionar acções como se fossem cromos da Panini, aceitando trocá-las mas só depois da caderneta estar completa.
Entretido pelos desenvolvimentos e efeitos especiais que lhe chegam da Luz, John Textor, como bom americano que é, respeita muito o dia da acção de graças, querendo-o transformar, com a ajuda de uns beneméritos, num dia de acções quase de borla, para entrar como investidor em 25% no capital da SAD sádica do Benfica.
Não há dúvida que as acções ficam com quem as pratica!
Amo-te, Benfica!
José Reis
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