Com todos os casos pendentes que LFV tem na justiça portuguesa e que se arrastam vagarosamente no tempo sem uma decisão final, é forçoso reconhecer que os advogados de defesa que o presidente tem à sua disposição são muito mais eficazes e competentes que os Otamendis, os Vertonghens, os Grimaldos ou os Gilbertos, que têm perdido todos os processos em que estão envolvidos, logo na primeira instância do campeonato, por falhas e erros clamorosos.
Ou seja, LFV preocupa-se mais com a sua defesa própria do que propriamente com a defesa do Benfica.
Mas o homem continua a dizer que está sereno e tranquilo, para descanso e alívio dos avençados, cuja única coisa que os preocupa e chateia são as críticas do RGS e os ataques bem direccionados que levam no blog Geração Benfica.
Os 62,59 pontos percentuais com que LFV ganhou as últimas eleições, mostram bem que a sua franja de apoio se está a esfumar, tal como a vontade de ainda ser campeão europeu neste mandato, e muitos dos que o apoiaram, ao acreditar ingenuamente que isto iria melhorar, já se convenceram do contrário, pois é mais que certo que com este presidente o Benfica nunca mais terá sossego, quando ele é sempre um foco permanente de perturbação e desestabilização, de nada valendo os arrependimentos tardios e os remorsos de consciência pesada, pois o mal já está feito, e a leviandade com que se legitimou a recondução de Vieira e o regresso de Jesus, vão sair bem caros ao clube.
Onde estão hoje as referências e as matrizes identitárias do Benfica?
Onde está a militância e a exigência dos sócios e adeptos, que aceitam com quase indiferença que a equipa principal de futebol sofra duas derrotas de uma assentada e a equipa B apresente o vergonhoso score de 6 derrotas seguidas?
O que farão os avençados apoiantes de Vieira, na eventualidade de se perder mais um campeonato, depois do forte investimento feito no plantel, mas que visto ao pormenor continua a apresentar graves lacunas e carências?
Vão todos de excursão até à Terra Santa a carpir as mágoas e as frustrações junto ao muro das lamentações?
Vão aceitar que LFV complete o mandato do desastre e que Jorge Jesus cumpra o contrato do desperdício?
Vão continuar a tolerar que o mesmo que se recusou ir a debates, que agora, com a mesma desfaçatez, se remeta ao silêncio e se esquive a dar explicações sobre tão desastroso início de época?
É que agora LFV já não tem o amparo de ligar para o Jorge Jesus, como fazia habitualmente por traição nas costas de Rui Vitória e Bruno Lage, a convidar o Jorge para vir substituir o Jesus!
Não adianta agora, por comparação, olhar para o vizinho da segunda circular, e até provavelmente com uma pontinha de inveja, elogiar o que estão a conseguir fazer, com um plantel muito mais limitado e um orçamento quase pindérico. Mas com uma abismal diferença: é que eles têm lá um treinador benfiquista, que ainda recentemente não serviu para treinar a nossa equipa B (lembram-se?), enquanto nós insistimos em ter um treinador lagarto, vulgar, ultrapassado, que sempre que tem hipótese gosta muito de escarnecer os Benfiquistas (Bernardo Silva que o diga).
Infelizmente, no actual Benfica, já não existem sócios da estirpe e dimensão de um João Maria Tudela ou de um Artur Semedo.
O que agora há são aguiazinhas de aviário que já nem voam nem debicam, e a única coisa que sabem fazer é recolherem as garras perante os poderes e interesses instituídos.
Que fazer então? Perguntarão os analistas e avaliadores das tempestades perfeitas e das catástrofes anunciadas.
Bom seria era que, não por força e obrigação de qualquer abertura de mercado, mas por dever cívico da nossa consciência na defesa dos princípios e valores do Benfica, que já em Janeiro próximo houvesse um acordo abrangente para despachar o presidente e o treinador para o raio que os parta.
Enquanto é tempo…
Amo-te, Benfica!
José Reis
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