A venda de Rúben Dias, por 50 por cento da cláusula de rescisão, não era uma inevitabilidade, foi apenas uma triste consequência da péssima gestão de um presidente e da incompetência vulgarizada de um treinador.
Quem teve o desplante de dedicar a vitória em Famalicão ao presidente, foi o mesmo que não teve a dignidade e a hombridade de explicar a derrota em Salónica e de pedir imediatamente desculpa a todos os sócios e adeptos pelo desastre desportivo e financeiro que esse fracasso acarretou.
Tudo o que o Benfica não quer, é que depois das eleições de Outubro, LFV ainda continue a ser o presidente, e tudo o que o Benfica dispensava, era ter novamente Jorge Jesus como seu treinador.
Com esta confluência de vontades e com Jorge Mendes por perto para apaparicar as intenções de ambos, o Benfica fica mais distante de ganhar a hegemonia do futebol português e não vai arrasar coisa nenhuma, pois com estas tão nefastas influências, o Benfica fica é mais próximo de vir a ser arrasado em três tempos.
A eliminação precoce da Liga dos Campeões nunca foi devidamente ponderada e equacionada, tudo porque temos infelizmente um presidente convictamente fanfarrão, que não percebe nada de futebol, e um treinador injustificadamente arrogante que julga já saber tudo sobre o futebol e não tem mais nada a aprender.
Bastou um PAOK, mais ou menos empertigado, mas comprovadamente light e facilmente comestível, como aliás qualquer iogurte grego, para arrumar com as peneiras e prosápias de Jorge Jesus e para aniquilar as pesporrências e jactâncias de LFV e dos seus apaniguados e fiéis seguidores, que confiando com o ovo no cu da galinha, deixaram-se embalar pela cantiga do bandido e pelo projecto europeu impingido, que morreu logo à nascença de parto natural.
Já Bernardo Silva vai dando troco e continua a arrasar, não só no Manchester City pelo que joga, mas também no Benfica pelo que diz, sobretudo as ondas de choque que provoca em certos figurantes, que se tivessem mais decoro e inteligência, já teriam percebido a quem se destinam os reparos das suas mensagens, numa clara premonição de quem já estava a adivinhar o que poderia acontecer com Rúben Dias, também ele vítima da política enviesada que se pratica hoje com a formação do Benfica, que insiste aliar ao desperdício do talento o desaproveitamento desportivo, tudo porque a obsessão pelo negócio é a única forma encontrada para tapar os buracos de uma descuidada gestão.
Vender um Benfiquista de coração, com escola e mística, e meter à troca na equação um ex-rival, com toda a escola feita de ódio e provocação, nunca é uma boa solução, até porque os valores e os sentimentos não se podem mercadejar unicamente só pela oportunidade mercantilista do negócio.
Têm de ser preservados e defendidos.
Quem procede desta maneira tão fria e calculista não sabe o que é o Benfica nem o que ele significa e representa.
Florentino é outro produto da formação, que cedo percebeu que com este treinador não iria ter muitas oportunidades de jogar, e só lhe restava a opção de entrar na engrenagem do carrocel do Mónaco, com a mirífica promessa de um dia regressar, ou talvez nunca, tudo dependendo dos interesses e comissões que estiverem sempre em jogo.
O sérvio Fejsa, o jogador-talismã que representou o Benfica durante 7 anos, ganhando sucessivos campeonatos por diferentes equipas e em diversos países, despediu-se do Glorioso em lágrimas sentidas, o que só abona em favor do seu carácter e entrega profissional com que sempre nos representou.
Toda a sorte do mundo para ele.
A delapidação do património desportivo e financeiro do Benfica não vai ficar por aqui, e não esperem pela demora até que Gonçalo Ramos também seja vendido. Não tardará muito tempo, menos do que a ganância dos euros o permitam.
Amo-te, Benfica!
José Reis
Fui uma jogado de mestre ficamos com um central melhor e muitos milhões, mas o ferreiro só sabe malhar, nao uma critica positiva deste lado.
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