LFV não é pessoa em quem se possa confiar e muito menos nos amigos que congrega à sua volta, que preferem serem avençados da sua influência e poder do que serem opositores dos seus desmandos e prepotências, atirando para as urtigas a moral e a ética, que nestas coisas do futebol têm menos peso e importância que o devaneio rebuscado do frete e favor, que por norma se rende sempre ao interesse mais alto que está em jogo, em apoios oferecidos por troca de contrapartidas anunciadas.
Comem todos da mesma gamela, conhecem-se bem uns aos outros, e a única coisa que os distingue, na verdade, é que LFV manda e os demais apenas cumprem, numa espécie de juramento de honra selado a sangue frio, como se uma qualquer organização da “vendetta italiana” se tratasse, em que a traição se paga com a morte e a morte se evita e amortiza com o silêncio, do género “não contes tudo o que sabes de mim, para que eu não diga metade de tudo o que sei de ti”, e nestes muitos rabos de palha e telhados de vidro, o melhor é mesmo ouvir e… calar.
No Benfica instalou-se a política do medo e da ameaça, bem visível, aliás, no jornal e televisão do clube, onde não há o mínimo resquício de crítica ou de confrontação ao actual estado tirano do despotismo, em que manda quem pode e obedece quem tem juízo, neste larvar permanente da carne putrefacta que vai atraindo mais e mais varejeiras e alguns abutres que por aqui já vão circundando.
E se por um lado nos congratulamos pelo esmorecer da influência que Jorge Mendes tem/tinha no Benfica, por outro, não podemos aceitar o protagonismo crescente de outros, como César Boaventura e Paulo Gonçalves estão a ter, e por que carga de água e a que propósito intervêm directamente em negociações que não lhes dizem respeito?
Ou por alma de quem, a ser verdade, Jorge Jesus faça tanta força para ter Rúben Semedo, quando se sabe que este cadastrado está impedido de entrar durante 8 anos em Espanha, e qual seria a vantagem em tê-lo na equipa caso se desse o sortilégio de tanto na liga dos campeões, se lá chegarmos, ou na liga Europa, se por lá cairmos, ter de defrontar uma equipa espanhola?
Ao que chega o ridículo do amadorismo…
É verdade com ou sem alegada probabilidade de ser mentira que Helton Leite, não escolhido por Jorge Jesus mas imposto por Paulo Gonçalves, chegou ao Benfica já lesionado e ainda assim conseguiu passar nos testes médicos?
Não podemos continuar a permitir e alimentar o desgoverno de uma direcção atrofiada e manietada constantemente por implícitas suspeições e explícitas desconfianças, que só envergonham o Benfica e os Benfiquistas.
LFV tem os sapatos apertados e com muitas pedras por remover, tal é o cardápio de ofensas e provocações feitas ao Benfica, que o tornam definitivamente indigno de continuar a representar o nosso clube.
Não faltarão detalhes à catedral de Versalhes nem certamente faltarão boas razões e argumentos para voltarmos a colocar o Benfica no seu devido lugar: em primeiro!
Amo-te, Benfica!
José Reis