67 horas depois de ter começado o 2º. semestre, o Benfica veio finalmente dar-nos a notícia do que já se sabia que era; a venda do passe do João Félix pela "módica" quantia de 120 milhões.
Não importa agora dissecar se foi pela cláusula, se foi aos bochechos, ou vice-versa. Apesar não ter sido da forma como Vieira nos garantia, foi no entanto um excelente negócio. Mas, como já estamos habituados a essas "inverdades" ou "meias-verdades" passemos então adiante, porque vos quero falar noutra coisa.
O Atlético de Madrid fez um video de apresentação onde se vê o João Félix como "puro talento", dentro do Museu do Prado, onde repousam as obras de várias gerações de "talentos da pintura".
Os meus aplausos!
Há talentos que pintaram telas imortais, e há também talentos que nos relvados "pintam a manta", como é o caso do Félix a quem desejo toda a sorte do mundo!!!
Mas, sabiam que aquele Museu se deve a uma Princesa "tuga" que foi Rainha de Espanha?
Pois é, apesar de ter sido Rainha apenas por 25 meses, trata-se de; Dª. Maria Isabel Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xavier de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon, que foi filha de D. João VI e da Infanta de Espanha Carlota Joaquina de Borbon.
Os Espanhóis diziam que não tinha sido bafejada pela beleza, que estava impreparada para encher os cofres régios e insultavam o Rei Fernando VIII (que era seu tio) do seguinte modo; “Fea, pobre y portuguesa. Chúpate esa!“
No entanto, quero responder a "los nuestros hermanos" apesar de saber que não lêem este blogue, a sua beleza era como a da sua mãe Carlota Joaquina Infanta de Espanha que, apesar de ser muito esperta, era feia e bexigosa que nem um bode e que, dos seus 9 filhos paridos, apenas os 4 primeiros eram filhos de D. João VI, porque dos restantes até o cocheiro e jardineiro fizeram a esmola de fazer sexo com tamanha criatura...
Quem sai aos seus, não é de genebra !
"viveu o exílio, a falta de amor dos seus pais, um casamento de conveniência com o Rei Espanhol, que era seu tio materno e tinha quase o dobro da sua idade. Teve que suportar as atoardas da corte de Madrid pela sua modéstia e simplicidade. Não apreciava luxos, nem jóias nem vestidos. Tão pouco apreciava as intrigas palacianas, mas adorava a pintura e quis o destino que desempenhasse um papel importante como mecenas", assim a descreveu a jornalista espanhola Cristina Morató.
Adiante,
O Museu tinha sido pensado quase 100 anos antes por Carlos III. Fizeram-se obras mas, tal como as obras da nossa "Santa Engrácia" também se foram arrastando no tempo. As invasões Francesas e a Guerra da Independência também ajudaram ao seu atraso. Aquele enorme edifício serviu até de aquartelamento militar mas, com o passar dos anos e sem obras de manutenção, estava-se a degradar.
Foi então que Dª. Maria Isabel de Borbon, que apesar de não ser bela tinha a paixão da arte, deitou mãos à obra e o Museu foi uma realidade sendo inaugurado em 19 de Novembro de 1819.
Infelizmente a impulsionadora daquela magnífica obra não pôde assistir à inauguração, porque morreu de parto em 26 de Dezembro de 1818 e está sepultada em Aranjuez, onde tinha nascido a "mejera" da sua mãe.
Retrato por Vicente López Portaña, c. 1816