Tal como em 2016, Portugal passou aos oitavos, ficando em terceiro no grupo de qualificação.
A sorte tem protegido esta selecção e este seleccionador. O futebol praticado não encanta e as opções de Fernando Santos deixam muito a desejar.
Fisicamente os jogadores nacionais estão no limite, e vão ter pela frente uma Bélgica mais fresca e muito mais equipa.
Os penaltis a favor vão disfarçando as carências do ataque, e o individualismo de Cristiano Ronaldo em querer bater o recorde de Ali Dahei, agravam ainda mais a consistência colectiva da equipa das quinas.
As principais selecções e que à partida eram apontadas como favoritas, passaram todas, mas chamo a atenção para duas em particular, que podem vir a ser as surpresas pela positiva e pela negativa.
A selecção da Dinamarca, apesar do trauma do primeiro jogo, em que o seu jogador mais importante, Christian Eriksen, esteve entre a vida e a morte, pratica um futebol brilhante, cheio de pormenores modernos e interessantes, que a podem catapultar para um Europeu muito parecido com aquele que surpreendentemente ganharam.
Do pólo oposto está a selecção de Espanha, que apesar de ser apontada como uma das favoritas, pratica um futebol horrível e não se lhe vislumbra qualidade suficiente para chegar longe.
A selecção Inglesa, atendendo que a final vai ser disputada no estádio do Wembley, pode-lhe conferir maior favoritismo, mas o seu futebol, até agora, não tem encantado, e as lacunas que a linha defensiva mostra, bem como a dependência que têm de Sterling no ataque, são factores inibidores em considerá-la como um potencial vencedor.
A selecção Alemã continua a ser um mistério. Em dia sim, derrota qualquer opositor que lhe apareça à frente, com relativa facilidade até, mas num dia menos inspirada, e já aconteceu contra a França e Hungria, pode passar por imensas dificuldades. Apesar de tudo é um sério candidato a ganhar o Europeu.
A Itália, ao contrário do que é costume, começou bem, diria até, muito bem, e o seu futebol organizado, muito geométrico, versátil, cheio de variantes, bonito e rápido, é até agora o que tem enchido as medidas aos espectadores e é sem dúvida o principal favorito a levantar a taça.
Nenhum jogador da squadra se esconde, participa activamente no esquema da equipa, e ao contrário de outras selecções que têm sectores mais fortes e mais fracos, os transalpinos não têm pontos débeis nem figuras destacáveis, pois todos compõem um conjunto muito homogéneo, com muita qualidade e alegria, mas sobretudo, com uma entrega e um compromisso que não se notam nas outras selecções.
O que dá a entender, é que a Itália se preparou para este Europeu e quer ganhá-lo.
É com esta mentalidade colectiva que se fazem os campeões e se alcançam as metas, por muito difíceis e distantes que elas estejam, e a Itália está a superá-las com nota artística e distinção.
Escrito por; Namouche
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