Enquanto o país se debate com vagas sucessivas de pandemia, em que a última é sempre pior e maior que a anterior, o Benfica caiu no marasmo inamovível de uma vaga de fundo, preenchida por um presidente tacanho e desestabilizador que foi legitimado para um novo mandato e por um treinador vendedor da banha da cobra que regressou com a mesma receita de desperdício do passado, de querer tudo para depois não aproveitar nada.
E se numa conjuntura financeira desfavorável como esta que estamos a atravessar, em que à falta de dinheiro se junta a inexistência de receitas, tudo o que o Benfica hoje dispensaria de bom grado era ter um género de treinador despesista como Jorge Jesus e um presidente incauto como LFV que lhe fizesse e apaparicasse todas as vontades.
E se é certo que no país, para lástima de todos os portugueses, temos um primeiro-ministro que a gerir pandemias mais parece o professor Cavaco a deglutir fatias de bolo-rei, ou seja, um desastre, em que a única medida de combate atempada que toma é dizer aos seus concidadãos para aguardarem pela vacina salvadora que ainda há-de chegar, já no que se refere ao Glorioso, para infortúnio de todos os Benfiquistas, o que temos pela frente não é mais animador, pois vamos ter de aguentar por mais 4 anos um presidente que é a fonte de todos os males, e não será Jorge Jesus a tal vacina milagrosa que irá curar e debelar todas as maleitas estruturais que continuam a assoberbar o Benfica.
Quem vinha com o propósito declarado de montar uma equipa para arrasar e foi logo despachado à primeira por um PAOK acabado de sair de uma rifa de quermesse, que levou um xeque-mate sem remissão, de um Boavista que conseguiu contra nós a única vitória que tem no campeonato, ou que viu Braga por um canudo em pleno estádio da Luz, só pode estar a gozar e a brincar connosco.
Mas tão ou mais responsáveis que o incompetente LFV pelo descalabro desportivo a que o Benfica chegou, são aqueles que estão sempre prontos a caucionar nas urnas a sua legitimação para mandatos sucessivos, ajudando a criar e a alimentar este pesadelo, que com enredos e novelas em catadupa, Cavani, Rúben Semedo e Lucas Veríssimo, vai entretendo os sócios e os adeptos com estas esparrelas, quando na verdade há coisas graves que LFV quer esconder.
Não adianta fechar os olhos ou colocar umas vendas perante os problemas, porque aqueles que preferem as mentiras das aparências à nitidez da realidade, são cúmplices e coniventes pela cada vez mais acentuada falta de competitividade existente no clube, que não se cinge unicamente ao futebol (equipas A e B) mas, por arrastamento, a todas as modalidades de pavilhão (masculinos e femininos), com uma única e honrosa excepção para o voleibol masculino, que mantém uma hegemonia categórica graças à proficuidade dos jogadores e do treinador Marcel Matz.
Não me revejo neste Benfica em que a cultura da derrota se banalizou e a exigência da vitória passou a ser uma opção facultativa que depende dos dias e dos estados de alma.
Não me regozijo como aqueles que festejaram os dois empates frente ao Glasgow Rangers, como se uma vitória se tratasse, ou comungaram do disparate saído da boca de Jorge Jesus, quando manifestou a sua satisfação por a defesa não ter sofrido golos diante do modesto Paredes para a Taça de Portugal.
HAJA ALGUM DECORO E DECÊNCIA.
Serei sempre um Benfiquista à Benfica e não trocarei por nada deste mundo esta forma de estar e sentir o meu clube.
Não serei como muitos que andam por aí de emblema na lapela para justificarem as alvíssaras e as provisões que recebem, opinando nas colunas dos jornais ou em debates de bola televisivos, porque esses, palpita-me a mim, nunca terão o Benfica a palpitar-lhes no coração.
Quando muito, só na algibeira...
Amo-te, Benfica!
José Reis
Sr. Reis, é só para o informar que a campanha para presidente do SLB já acabou.
ResponderEliminarArranje outros temas de análise e não continue a destilar fel sobre o candidato que foi eleito.
E sobre os assuntos que o Reis descreve, não opinas? É tudo mentira?
EliminarO "Adolfo" também foi eleito...