A forma alheada como o presidente do Benfica assistia na tribuna à final da taça de Portugal, prestando mais atenção ao telemóvel do que propriamente às incidências do jogo, mostra bem a leveza com que LFV encara as derrotas do Benfica, e a pachorra e o tédio com que estava ali a gramar 90 minutos de mais uma exibição paupérrima proporcionada pela grande equipa que construiu, pedindo a todos os santinhos para que não houvesse prolongamento, para se pôr na alheta dali para fora o mais rapidamente possível.
Há quem garanta que desta vez não estava a enviar uma mensagem para casa a convocar um congresso extraordinário da família, com a já habitual lágrima ao conto do olho, sempre muito útil nos momentos de maior aperto, para no remanso do conforto do seu sofá, pensar no que há-de fazer à vida, não, desta vez estaria em contacto com o seu amigo Paulo Futre para lhe encomendar mais uma caixa de libidium fast para ver se ganha tesão para as eleições, que a coisa para os lados do merceeiro está mesmo a ficar um pouco murcha.
Para quem prometeu ir duas vezes ao Marquês e acabou por lá não ir nenhuma, convenhamos que é uma média pouco abonatória para a sua palavra e credibilidade, mas resulta de uma narrativa de banha da cobra a que já não estejamos habituados e que damos de barato por sabermos o mentiroso compulsivo que ele é, e que de crise em crise, de derrota em derrota, se torna muito mais evidente.
Sejamos sérios e honestos e não nos tomem por parvos.
Acham que LFV, ao fim de todos estes anos de sucessivos cortes e desinvestimentos no futebol, e ainda como que a gozar o pagode se vangloria dos muitos milhões de euros que amealha com a venda de jogadores - só não se sabe para onde é que eles vão -, que assim de repente, do pé para a mão, como se já não soubéssemos o que a casa gasta, e com uma conjuntura desfavorável devido à pandemia, a aconselhar mais recato e menos extravagâncias, lhe desse na real gana de perder a cabeça e apostar todas as fichas num treinador ultra-inflaccionado e numa eventual super-equipa a construir, ele que é mais forreta que o pior dos sovinas, se tudo isso não obedecesse a um plano arquitectado para lhe salvar a pele, porque estamos em ano de eleições, do que a uma convicta avaliação das necessidades e carências do plantel?
Nada disso. Apenas um medo genuíno de vir a ser desapeado do poder. Só isso!
Em última análise, LFV nunca se preocupou verdadeiramente com o Benfica e está-se a marimbar e a borrifar para a sua mística e história, que fizeram dele um dos maiores clubes do mundo, mas que hoje, infelizmente, por acção nociva de um interesseiro, definha a olhos vistos.
Os novos equipamentos do Benfica são uma prova cabal disso mesmo, em que já não se respeitam as cores e o símbolo do clube, tudo em nome de uma despudorada estratégia de marketing, que não olha a meios para atingir os fins maquiavélicos do negócio.
O Benfica é hoje um clube sem rei nem roque à deriva.
LFV ignora as crises e os fracassos como o comandante do Titanic subestimou a presença dos icebergs na sua rota.
Não queremos colidir com medíocres e mentecaptos que não farão parte da nossa história do passado nem do nosso orgulho do futuro.
Não queremos um clube fechado em si mesmo que não aceita debates livres internamente.
A televisão e o jornal do clube não podem funcionar como veículos panfletários de propaganda e bajulação de ditadores instalados.
O Benfica não é uma consequência nem uma redundância, não é uma circunstância nem uma vicissitude, só pode ser unicamente uma paixão de vida. Só cá queremos pessoas comprometidas.
Amo-te, Benfica
José Reis
Há quem garanta que desta vez não estava a enviar uma mensagem para casa a convocar um congresso extraordinário da família, com a já habitual lágrima ao conto do olho, sempre muito útil nos momentos de maior aperto, para no remanso do conforto do seu sofá, pensar no que há-de fazer à vida, não, desta vez estaria em contacto com o seu amigo Paulo Futre para lhe encomendar mais uma caixa de libidium fast para ver se ganha tesão para as eleições, que a coisa para os lados do merceeiro está mesmo a ficar um pouco murcha.
Para quem prometeu ir duas vezes ao Marquês e acabou por lá não ir nenhuma, convenhamos que é uma média pouco abonatória para a sua palavra e credibilidade, mas resulta de uma narrativa de banha da cobra a que já não estejamos habituados e que damos de barato por sabermos o mentiroso compulsivo que ele é, e que de crise em crise, de derrota em derrota, se torna muito mais evidente.
Sejamos sérios e honestos e não nos tomem por parvos.
Acham que LFV, ao fim de todos estes anos de sucessivos cortes e desinvestimentos no futebol, e ainda como que a gozar o pagode se vangloria dos muitos milhões de euros que amealha com a venda de jogadores - só não se sabe para onde é que eles vão -, que assim de repente, do pé para a mão, como se já não soubéssemos o que a casa gasta, e com uma conjuntura desfavorável devido à pandemia, a aconselhar mais recato e menos extravagâncias, lhe desse na real gana de perder a cabeça e apostar todas as fichas num treinador ultra-inflaccionado e numa eventual super-equipa a construir, ele que é mais forreta que o pior dos sovinas, se tudo isso não obedecesse a um plano arquitectado para lhe salvar a pele, porque estamos em ano de eleições, do que a uma convicta avaliação das necessidades e carências do plantel?
Nada disso. Apenas um medo genuíno de vir a ser desapeado do poder. Só isso!
Em última análise, LFV nunca se preocupou verdadeiramente com o Benfica e está-se a marimbar e a borrifar para a sua mística e história, que fizeram dele um dos maiores clubes do mundo, mas que hoje, infelizmente, por acção nociva de um interesseiro, definha a olhos vistos.
Os novos equipamentos do Benfica são uma prova cabal disso mesmo, em que já não se respeitam as cores e o símbolo do clube, tudo em nome de uma despudorada estratégia de marketing, que não olha a meios para atingir os fins maquiavélicos do negócio.
O Benfica é hoje um clube sem rei nem roque à deriva.
LFV ignora as crises e os fracassos como o comandante do Titanic subestimou a presença dos icebergs na sua rota.
Não queremos colidir com medíocres e mentecaptos que não farão parte da nossa história do passado nem do nosso orgulho do futuro.
Não queremos um clube fechado em si mesmo que não aceita debates livres internamente.
A televisão e o jornal do clube não podem funcionar como veículos panfletários de propaganda e bajulação de ditadores instalados.
O Benfica não é uma consequência nem uma redundância, não é uma circunstância nem uma vicissitude, só pode ser unicamente uma paixão de vida. Só cá queremos pessoas comprometidas.
Amo-te, Benfica
José Reis