Aquele que disponibilizou um avião particular para despachar Jorge Jesus para as arábias, como um desterrado incómodo, mas que depois fintou o destino quando decidiu apanhar um táxi para o outro lado da segunda circular, é o mesmo que agora vai ao Brasil, num jacto privado, até ao outro extremo do Atlântico, resgatar o filho pródigo escorraçado e trazê-lo de volta, em ombros e de forma triunfal, como se o tempo tivesse parado e apagasse da memória todas as desavenças e zangas das comadres, que depois de lavarem a roupa suja com sabão clarim, a colocam agora a secar ao vento nas cordas da reconciliação.
Aliás, tem sido bem agitada esta última semana no Benfica, e entre o regresso de um treinador, que é verde, e a existência de um saco, que é azul, e não obstante o que estas anormalidades cromáticas sempre nos provocam, já quase nos esquecíamos (e seguramente que a intenção era mesmo essa) que entretanto perdemos um campeonato, o 38 que encalhou, e que estava praticamente no papo, mas vá-se lá saber porquê, entregámos de barato a um rival fragilizado, tal como quem atira uma bóia de salvação a um náufrago moribundo.
O distinto cidadão, natural da Porcalhota, dos arredores de Lisboa, far-se-á acompanhar por uma vasta equipa técnica, da qual não quis prescindir e fez finca-pé para a manter, sugerindo também os serviços do médico do Flamengo e, com um pouco mais de boa vontade, até seria possível incluir na lista a sua suposta amante advogada, que alimentaria de bom grado e em trajes menores, as páginas cor-de-rosa dos vetustos Record e Correio da Manhã.
Dito de outra forma, esta praga de lagartos que está para chegar à Luz, a juntar aos que já cá estão, vão fazer com que o Benfica de hoje, mais se pareça como uma melancia virada do avesso, em que os verdes estão lá dentro e os vermelhos são postos cá fora, cabendo a LFV a responsabilidade da distribuição das respectivas pevides. (leia-se sementes ou avenças).
Esquecendo por completo de que ainda há uma final da Taça de Portugal para disputar e ganhar (mas não parece), a direcção do Benfica prefere antes andar entretida em campanhas eleitorais estéreis e inoportunas, e prosseguir com todo este show-off de propaganda à bolonhesa, que por certo farão as delícias dos sarrafeiros da notícia dos diários desportivos avençados, que irão debitar páginas e páginas de recados, encomendas e especulações.
E se a contratação de Jorge Jesus foi montada em função do benefício óbvio com que isso se reverterá em trunfo eleitoral para LFV, já não restam dúvidas, e que o papel que o mister irá desempenhar será a de um treinador “airbag” do presidente, que lhe irá amparar e amortecer todos os embates sucessivos que terá pela frente até às eleições, é uma certeza (e um deles é já em Agosto, na final da Taça de Portugal, não no Jamor, infelizmente contra a tradição, mas na Coimbra do Choupal, a contento de algumas figuras pardas que mandam no futebol), e da curiosidade em se saber qual vai ser o critério de reforço da equipa de futebol para a próxima época, que havendo dinheiro a rodos para investir (o que não faz o medo de perder as eleições…), fartura que só aparece quando cá está Jorge Jesus, se será suficiente, ou não, para atacar o play-off de acesso à Champions League, fundamental nas aspirações desportivas do Benfica e no encaixe de receitas que não se podem desperdiçar.
E pelo que se vai lendo e ouvindo por aí, não é a seduzir jogadores trintões em fases descendentes das suas carreiras e já com umas barriguinhas proeminentes no bucho, que se vai resolver o problema competitivo e qualitativo do Benfica.
E já agora, a talhe de foice, seria bom que alguém informasse o distinto cidadão da Porcalhota, até podia ser o Rui Costa que não mexe uma palha, que há um jogador inglês no Guimarães, de seu nome Marcus Edwards, extremo de 21 anos, que devido à sua extraordinária qualidade devia ser contratado pelo Benfica, antes que seja demasiado tarde…
Amo-te, Benfica!
José Reis
Aliás, tem sido bem agitada esta última semana no Benfica, e entre o regresso de um treinador, que é verde, e a existência de um saco, que é azul, e não obstante o que estas anormalidades cromáticas sempre nos provocam, já quase nos esquecíamos (e seguramente que a intenção era mesmo essa) que entretanto perdemos um campeonato, o 38 que encalhou, e que estava praticamente no papo, mas vá-se lá saber porquê, entregámos de barato a um rival fragilizado, tal como quem atira uma bóia de salvação a um náufrago moribundo.
O distinto cidadão, natural da Porcalhota, dos arredores de Lisboa, far-se-á acompanhar por uma vasta equipa técnica, da qual não quis prescindir e fez finca-pé para a manter, sugerindo também os serviços do médico do Flamengo e, com um pouco mais de boa vontade, até seria possível incluir na lista a sua suposta amante advogada, que alimentaria de bom grado e em trajes menores, as páginas cor-de-rosa dos vetustos Record e Correio da Manhã.
Dito de outra forma, esta praga de lagartos que está para chegar à Luz, a juntar aos que já cá estão, vão fazer com que o Benfica de hoje, mais se pareça como uma melancia virada do avesso, em que os verdes estão lá dentro e os vermelhos são postos cá fora, cabendo a LFV a responsabilidade da distribuição das respectivas pevides. (leia-se sementes ou avenças).
Esquecendo por completo de que ainda há uma final da Taça de Portugal para disputar e ganhar (mas não parece), a direcção do Benfica prefere antes andar entretida em campanhas eleitorais estéreis e inoportunas, e prosseguir com todo este show-off de propaganda à bolonhesa, que por certo farão as delícias dos sarrafeiros da notícia dos diários desportivos avençados, que irão debitar páginas e páginas de recados, encomendas e especulações.
E se a contratação de Jorge Jesus foi montada em função do benefício óbvio com que isso se reverterá em trunfo eleitoral para LFV, já não restam dúvidas, e que o papel que o mister irá desempenhar será a de um treinador “airbag” do presidente, que lhe irá amparar e amortecer todos os embates sucessivos que terá pela frente até às eleições, é uma certeza (e um deles é já em Agosto, na final da Taça de Portugal, não no Jamor, infelizmente contra a tradição, mas na Coimbra do Choupal, a contento de algumas figuras pardas que mandam no futebol), e da curiosidade em se saber qual vai ser o critério de reforço da equipa de futebol para a próxima época, que havendo dinheiro a rodos para investir (o que não faz o medo de perder as eleições…), fartura que só aparece quando cá está Jorge Jesus, se será suficiente, ou não, para atacar o play-off de acesso à Champions League, fundamental nas aspirações desportivas do Benfica e no encaixe de receitas que não se podem desperdiçar.
E pelo que se vai lendo e ouvindo por aí, não é a seduzir jogadores trintões em fases descendentes das suas carreiras e já com umas barriguinhas proeminentes no bucho, que se vai resolver o problema competitivo e qualitativo do Benfica.
E já agora, a talhe de foice, seria bom que alguém informasse o distinto cidadão da Porcalhota, até podia ser o Rui Costa que não mexe uma palha, que há um jogador inglês no Guimarães, de seu nome Marcus Edwards, extremo de 21 anos, que devido à sua extraordinária qualidade devia ser contratado pelo Benfica, antes que seja demasiado tarde…
Amo-te, Benfica!
José Reis