"Estamos num momento que vai definir muito, ou quase tudo, daquilo que será o SL Benfica na próxima década/década e meia.
Quem viveu o período Vale e Azevedo, recordar-se-à, sobretudo, dos últimos meses da sua governação. Rasgar contratos e fechar novos com outros parceiros, aquisições duvidosas, um ror de acontecimentos em que João Vale e Azevedo quase se colocava acima dos três poderes, executivo, legislativo e judicial.
As televisões desdobravam-se em programas especiais, que chegaram a demorar quatro horas... e mais! Para quem não se lembra, ou sequer tinha nascido, os últimos meses de JVeA no Benfica só encontram paralelo mediático no circo que se montou em torno do louco de carvalho, com a diferença de um atraso tecnológico significativo em relação aos dias de hoje.
Acompanhei, na medida do que me era possível, cada minuto dos acontecimentos de então e dali bebi muito Benfiquismo.
Recordo, ilustres Benfiquistas, de hoje, não tão ilustres na altura, a alertaram para o perigo do Benfica acabar, com todas as letras o afirmavam e a alguns custou-lhes mesmo sérias consequências físicas.
Característica comum aos defensores de JVeA era a de negaram as evidências. E as evidências passavam por factos.
Documentos, títulos de registo, facturas falsas, registos de transferências bancárias, tudo. Tudo era complot para derrubar um Deus-presidente, que tinha sido a salvação do desastroso consulado de Damásio e que até tinha trazido craques de renome mundial.
O que não deixa de ser verdade, na frase anterior estão contidos dois argumentos verídicos: Damásio ia rebentando o Benfica e JVeA trouxe alguns bons jogadores. E até treinadores, porque ninguém pode desprezar o senhor Jupp Heynckes nem aquele Mourinho, acrescento eu.
Foi, portanto, uma batalha dicotómica: JVeA contra o resto do universo Benfiquista.
Quem se lembra de Torres Couto ter levado uma bordoadas, ou aquele ministro dos negócios estrangeiros de Cavaco Silva com fisionomia asiática? De RGS a lutar ao lado deles, com Tadeu, Jaime Antunes, Abílio Rodrigues e tantos outros? Pois bem. A verdade era o que era, os factos são o que são e a coerência venceu sobre a incoerência, o desconhecimento e o laissez faire laissez passer dos defensores do indefensável.
E o mesmo se perfila para acontecer agora.
Com a agravante do vilão dispor de uma máquina de propaganda com um forte avanço tecnológico que é poderosíssima, anos de vícios e indução de uma nova cultura clubística, assente num associativismo letárgico que delega no todo-poderoso a confiança plena é cega de dirigir os destinos do Clube.
E é aqui que as semelhanças voltam a aproximar as circunstâncias no seu contexto. Quem se recusa a ser cego é vilipendiado, quem expõe está ao serviço de interesses do norte, quem denuncia devia ser expulso do clube, e do fórum, e quem apoia outro candidato é, pois, o diabo em figura de gente.
À imagem do Deus-presidente recusa-se o debate, fala-se em falta de credibilidade da oposição e no dia seguinte vêm as autoridades minar a credibilidade com a ilegalidade que os persegue desde... sempre.
A ordem é negar, negar, negar, para depois insultar e quando rendidos ameaçam virar costas porque o Benfiquismo são eles e mais ninguém.
Denominador comum: a incoerência. E por quê?! Simples. Porque tudo aquilo que a guarda pretoriana acusa do outro lado da trincheira lhes pode ser apontado, mas que estes negam.
Não sei se é letargia, se é anomia ou se beberam de um mesmo cálice, mas há elementar que devem assimilar:...
Vocês não são a verdade. Vocês não são o Benfica e não são os seus únicos legítimos representantes.
O Benfica somos nós. Todos!
E um dia, quando acordarem para valores essenciais à vida em sociedade como a pluralidade, a cultura democrática e a transparência, não terão de virar costas.
Porque o Benfica precisa tanto de vós como da verdade, a dos factos!"
por: Renegado
Quem viveu o período Vale e Azevedo, recordar-se-à, sobretudo, dos últimos meses da sua governação. Rasgar contratos e fechar novos com outros parceiros, aquisições duvidosas, um ror de acontecimentos em que João Vale e Azevedo quase se colocava acima dos três poderes, executivo, legislativo e judicial.
As televisões desdobravam-se em programas especiais, que chegaram a demorar quatro horas... e mais! Para quem não se lembra, ou sequer tinha nascido, os últimos meses de JVeA no Benfica só encontram paralelo mediático no circo que se montou em torno do louco de carvalho, com a diferença de um atraso tecnológico significativo em relação aos dias de hoje.
Acompanhei, na medida do que me era possível, cada minuto dos acontecimentos de então e dali bebi muito Benfiquismo.
Recordo, ilustres Benfiquistas, de hoje, não tão ilustres na altura, a alertaram para o perigo do Benfica acabar, com todas as letras o afirmavam e a alguns custou-lhes mesmo sérias consequências físicas.
Característica comum aos defensores de JVeA era a de negaram as evidências. E as evidências passavam por factos.
Documentos, títulos de registo, facturas falsas, registos de transferências bancárias, tudo. Tudo era complot para derrubar um Deus-presidente, que tinha sido a salvação do desastroso consulado de Damásio e que até tinha trazido craques de renome mundial.
O que não deixa de ser verdade, na frase anterior estão contidos dois argumentos verídicos: Damásio ia rebentando o Benfica e JVeA trouxe alguns bons jogadores. E até treinadores, porque ninguém pode desprezar o senhor Jupp Heynckes nem aquele Mourinho, acrescento eu.
Foi, portanto, uma batalha dicotómica: JVeA contra o resto do universo Benfiquista.
Quem se lembra de Torres Couto ter levado uma bordoadas, ou aquele ministro dos negócios estrangeiros de Cavaco Silva com fisionomia asiática? De RGS a lutar ao lado deles, com Tadeu, Jaime Antunes, Abílio Rodrigues e tantos outros? Pois bem. A verdade era o que era, os factos são o que são e a coerência venceu sobre a incoerência, o desconhecimento e o laissez faire laissez passer dos defensores do indefensável.
E o mesmo se perfila para acontecer agora.
Com a agravante do vilão dispor de uma máquina de propaganda com um forte avanço tecnológico que é poderosíssima, anos de vícios e indução de uma nova cultura clubística, assente num associativismo letárgico que delega no todo-poderoso a confiança plena é cega de dirigir os destinos do Clube.
E é aqui que as semelhanças voltam a aproximar as circunstâncias no seu contexto. Quem se recusa a ser cego é vilipendiado, quem expõe está ao serviço de interesses do norte, quem denuncia devia ser expulso do clube, e do fórum, e quem apoia outro candidato é, pois, o diabo em figura de gente.
À imagem do Deus-presidente recusa-se o debate, fala-se em falta de credibilidade da oposição e no dia seguinte vêm as autoridades minar a credibilidade com a ilegalidade que os persegue desde... sempre.
A ordem é negar, negar, negar, para depois insultar e quando rendidos ameaçam virar costas porque o Benfiquismo são eles e mais ninguém.
Denominador comum: a incoerência. E por quê?! Simples. Porque tudo aquilo que a guarda pretoriana acusa do outro lado da trincheira lhes pode ser apontado, mas que estes negam.
Não sei se é letargia, se é anomia ou se beberam de um mesmo cálice, mas há elementar que devem assimilar:...
Vocês não são a verdade. Vocês não são o Benfica e não são os seus únicos legítimos representantes.
O Benfica somos nós. Todos!
E um dia, quando acordarem para valores essenciais à vida em sociedade como a pluralidade, a cultura democrática e a transparência, não terão de virar costas.
Porque o Benfica precisa tanto de vós como da verdade, a dos factos!"
por: Renegado