Não foi este globalismo de pernas (fronteiras) abertas que quisemos e ajudámos a edificar e a pôr em prática?
Não adianta agora corrermos aos supermercados para nos açambarcarmos das provisões necessárias para enfrentar esta guerra virológica ou adoptar medidas de restrição de contacto social quando, numa primeira fase, nada fizemos para nos precavermos ou protegermos para que este cenário, cruel e real, viesse a infectar e afectar as nossas rotinas diárias de vida, que nos impede de ir trabalhar ou ir à escola, e que numa situação limite da evolução da pandemia, pode-nos conduzir para um país e uma Europa praticamente paralisados, aprisionados em consequência de atitudes e comportamentos inconscientes e desajustados, prevalecentes infelizmente nas sociedades de hoje, que preferem um mundo globalizado sem regras nem controlo, pois as fronteiras só atrapalham a movimento pastorício da carneirada.
A velha e sábia Europa, com uma história antiquíssima de culturas e tradições, já não é o que era, deixou-se proletizar e invadir pelos cânones e convénios de políticas demasiado tolerantes e permissivas, que hoje já não são controláveis, e do mesmo modo que o coronavírus originário da China cá entrou, também a pandemia de refugiados tem entrado, e as consequências de uma e outra, com estas velocidades de propagação, serão terríveis e nefastas para todos nós.
A Europa acabada de sair de um golpe duro como foi a falência do Lehman Brothers, que provocou uma desregulação financeira que atingiu sobretudo o velho continente, com a crise das dívidas soberanas que levou mesmo a resgates à Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre, sofre novamente outro abalo cujas dimensões são ainda impossíveis de calcular, e se um foi um enorme buraco que se abriu no chão, ainda não totalmente tapado, este será certamente uma nuvem negra que pairará no ar a ameaçar chuva escarduçada, e se a União Europeia, hoje desfalcada de um parceiro económico tão forte e importante como a Inglaterra, só serve para implementar directivas comunitárias inócuas e inconsequentes, então talvez seja o momento e o pretexto de questionarmos sobre as vantagens e os proveitos que dela recolhemos por lhe pertencer, que numa situação de calamidade demoram uma eternidade a agir e a actuar.
Num curto espaço de tempo a Europa leva com duas crises para as quais em nada contribuiu mas que levou e vai levar por tabela e ricochete da sua afectação, e cingindo-nos ao caso português, esta última vai-nos matar a galinha dos ovos de ouro que era o turismo, a única coisa que ainda exportávamos e do qual tirávamos alguns dividendos, podendo agora definhar abruptamente, apesar de continuarmos a ter um clima e um sol muito cobiçados e atractivos.
No globalismo desenfreado de hoje, as boas notícias nunca cá chegarão, ao invés, as más e as que arrastam consequências nefastas chegarão cá sempre, seja pelo crash nas bolsas de valores decretados pelos rattings especulativos ou por pandemias provocadas por quem andou a petiscar morcegos na China.
Também a indústria do futebol, nesta altura completamente paralisada, sofrerá um impacto brutal, e as várias ligas europeias irão sentir na pele e nas calendarizações das respectivas competições um forte revés, deixando no ar todo um rol de dúvidas e incertezas quanto ao futuro, que podem ir do simples adiamento até ao seu completo e inevitável cancelamento, estando inclusive as preparações e as disputas da próxima época também comprometidas ou profundamente remodeladas e alteradas.
E num cenário menos catastrofista possível, dir-se-á que as ligas profissionais do país não terão hipótese de se concluírem, porque até lá, os clubes estarão fechados, os jogadores tele-treinam-se em casa, e perante estas condicionantes de paragem, será muito difícil voltar-se à competição nas condições físicas ideais.
É caso para dizer que o coronavírus não foi e nem vai à bola com o futebol!
Amo-te, Benfica! José Reis
Não adianta agora corrermos aos supermercados para nos açambarcarmos das provisões necessárias para enfrentar esta guerra virológica ou adoptar medidas de restrição de contacto social quando, numa primeira fase, nada fizemos para nos precavermos ou protegermos para que este cenário, cruel e real, viesse a infectar e afectar as nossas rotinas diárias de vida, que nos impede de ir trabalhar ou ir à escola, e que numa situação limite da evolução da pandemia, pode-nos conduzir para um país e uma Europa praticamente paralisados, aprisionados em consequência de atitudes e comportamentos inconscientes e desajustados, prevalecentes infelizmente nas sociedades de hoje, que preferem um mundo globalizado sem regras nem controlo, pois as fronteiras só atrapalham a movimento pastorício da carneirada.
A velha e sábia Europa, com uma história antiquíssima de culturas e tradições, já não é o que era, deixou-se proletizar e invadir pelos cânones e convénios de políticas demasiado tolerantes e permissivas, que hoje já não são controláveis, e do mesmo modo que o coronavírus originário da China cá entrou, também a pandemia de refugiados tem entrado, e as consequências de uma e outra, com estas velocidades de propagação, serão terríveis e nefastas para todos nós.
A Europa acabada de sair de um golpe duro como foi a falência do Lehman Brothers, que provocou uma desregulação financeira que atingiu sobretudo o velho continente, com a crise das dívidas soberanas que levou mesmo a resgates à Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre, sofre novamente outro abalo cujas dimensões são ainda impossíveis de calcular, e se um foi um enorme buraco que se abriu no chão, ainda não totalmente tapado, este será certamente uma nuvem negra que pairará no ar a ameaçar chuva escarduçada, e se a União Europeia, hoje desfalcada de um parceiro económico tão forte e importante como a Inglaterra, só serve para implementar directivas comunitárias inócuas e inconsequentes, então talvez seja o momento e o pretexto de questionarmos sobre as vantagens e os proveitos que dela recolhemos por lhe pertencer, que numa situação de calamidade demoram uma eternidade a agir e a actuar.
Num curto espaço de tempo a Europa leva com duas crises para as quais em nada contribuiu mas que levou e vai levar por tabela e ricochete da sua afectação, e cingindo-nos ao caso português, esta última vai-nos matar a galinha dos ovos de ouro que era o turismo, a única coisa que ainda exportávamos e do qual tirávamos alguns dividendos, podendo agora definhar abruptamente, apesar de continuarmos a ter um clima e um sol muito cobiçados e atractivos.
No globalismo desenfreado de hoje, as boas notícias nunca cá chegarão, ao invés, as más e as que arrastam consequências nefastas chegarão cá sempre, seja pelo crash nas bolsas de valores decretados pelos rattings especulativos ou por pandemias provocadas por quem andou a petiscar morcegos na China.
Também a indústria do futebol, nesta altura completamente paralisada, sofrerá um impacto brutal, e as várias ligas europeias irão sentir na pele e nas calendarizações das respectivas competições um forte revés, deixando no ar todo um rol de dúvidas e incertezas quanto ao futuro, que podem ir do simples adiamento até ao seu completo e inevitável cancelamento, estando inclusive as preparações e as disputas da próxima época também comprometidas ou profundamente remodeladas e alteradas.
E num cenário menos catastrofista possível, dir-se-á que as ligas profissionais do país não terão hipótese de se concluírem, porque até lá, os clubes estarão fechados, os jogadores tele-treinam-se em casa, e perante estas condicionantes de paragem, será muito difícil voltar-se à competição nas condições físicas ideais.
É caso para dizer que o coronavírus não foi e nem vai à bola com o futebol!
Amo-te, Benfica! José Reis