Magalhães e Silva, o desbocado e impune advogado dos amigos do PS, diz que “nunca sabe se um cliente é inocente, mas pode é vir saber se há elementos que permitam culpá-lo do que quer que seja”, afiançando, “não ter a menor dúvida de que LFV é inocente dos factos que lhe estão a ser imputados”.
Mas não é essa a opinião do Ministério Público e do juiz Carlos Alexandre que terão certamente mais fortes convicções na culpabilidade de LFV e dos outros arguidos, do que o senhor Magalhães e Silva que não vê nenhuma incompatibilidade, ética e jurídica, em ser simultaneamente advogado no activo e membro do CSMP (Conselho Superior do Ministério Público).
Magalhães e Silva é aquilo a que eu chamo um advogado com as costas bem quentes e que goza de uma prerrogativa singular de andar sempre por aí, como alguém disse, “a charlar e a perorar, sem qualquer reserva, sobre assuntos cadentes e pendentes, alguns deles ainda em fase de inquérito, criticando investigações, alvitrando ilegalidades que depois não se confirmam”.
E já o fez amiudadas vezes visando claramente o juiz do TCIC, Carlos Alexandre, como ainda agora o voltou a fazer na Operação Cartão Vermelho, que só não lhe responde na mesma moeda, porque sabe que seria imediatamente alvo de um inquérito disciplinar ou de eventuais sanções da mesma índole, propostas por esta confraria de conselheiros.
Esta ânsia de protagonismo e visibilidade, que pode ser interpretada como uma tentativa de pressão sobre os procuradores e os juízes do MP, levou-o a exorbitar comportamentos e a exceder-se em palpites e prognósticos, quando diz, quase levianamente – e após recaírem sobre LFV fortes indícios da prática de crimes que o levaram a ficar em prisão preventiva e a sujeitar-se a várias medidas de coacção, bem como ao pagamento de uma avultada caução – ressalvando que não existe nenhum perigo de fuga do seu cliente e que este pondera mesmo o seu regresso ao Benfica.
Questionando eu e os Benfiquistas, ao local do crime para acabar com o resto?
E depois da encenação do estado de alma que LFV teria reportado ao seu advogado para ser mediatizada cá para fora, como aliás ele está habituado a fazer no Benfica, o “fizeram-me isso?” soa claramente a uma estratégia pensada para recolher umas migalhas de solidariedade e comiseração de algumas almas que ainda estejam condoídas com a queda do tirano que, “depois daquilo que fez”, ter a distinta lata de ripostar com “fizeram-me isso?”, é próprio de um vigarista que não tem concepção dos limites da sua maldade e indecência.
Por isso, e seguindo o conselho do seu advogado, colocar uma cabeleira loira em LFV, até nem seria uma ideia de todo disparatada, e conhecendo-se as suas exíguas habilitações, que não foram além da quarta-classe, mostrando porventura mais dotes para a vigarice do que para os livros, só lhe assentava bem e condizia na perfeição com a sua condição de néscio, e fugir para Espanha está sempre no ADN e nas intenções dos mafiosos e, sobretudo, no aconselhamento diligente de advogados de meia tijela que os protegem.
Amo-te, Benfica!
José Reis
na mouche
ResponderEliminarNão tens cura!
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