Como se costuma dizer, não se pode agradar a gregos nem a troianos, e neste equilíbrio salomónico de forças, Bruno Lage não hesitou em saltar para cima da garupa de madeira do cavalo de Tróia, cavalgando irredutível com as suas teimosias até à morte, e se hoje há um grego incontestado a defender a nossa baliza, pela deferência e anuência do seu extraordinário valor, outro grego há, como centro-campista, a quem tem sido cometido um sem número de injustiças sancionatórias, nem sempre percebíveis ou devidamente explicadas ao jogador Samaris e aos adeptos em geral, que vêem um atleta marginalizado e proscrito, apesar da sua insuspeita entrega e brio profissionais dados ao Benfica desde que chegou à Luz e que se viria a tornar num elemento fundamental e preponderante na conquista de títulos, fazendo dele, até pela marca da sua idiossincrasia, um jogador à Benfica muito acarinhado e respeitado por todos.
Desconheço se foi por vontade genuína ou por cedência de muitos pedidos, ou até por remoques de má consciência, que Bruno Lage lhe voltou a atribuir a titularidade em Barcelos, e em boa hora o fez, pois voltou-se às vitórias sem golos sofridos e os motivos e as razões para o dirimir e prolongar desta obstinada opção do treinador, eram de todo inconcebíveis e inaceitáveis.
Até porque, por comparação com o caso do marroquino Taarabt, cujos comportamentos desviantes de insurreição - é bom recordar e lembrar -, andou dois anos a gozar com a paciência do Benfica, desrespeitando regras e condutas internas do clube, mereceu um tratamento e uma atenção completamente díspar da de Samaris, que talvez o único pecado que tenha cometido até hoje e que se lhe possa apontar é o amor e a dedicação que tem ao Benfica e a raça e a garra com que o defende.
Bruno Lage errou clamorosamente quando insistiu “ad nauseum” na titularidade de RDT, possivelmente mais por obrigação de quem o representava e dos 20 milhões de euros que custou do que pelo desempenho desportivo que mostrava, a ponto de ter sido despachado sem direito a devolução?
Bruno Lage também errou quando por vontade própria ou a mando de terceiros, riscou Samaris das suas opções, oscilando entre não-convocado que vai para a bancada ou para o banco de suplentes, completamente esquecido e marginalizado, para fazer uns minutos tão curtos e cronometrados que mais pareciam explícitas ofensas e faltas de respeito gratuitas para com o homem e o atleta?
Samaris, ao contrário de outros estrangeiros do plantel, aprendeu a falar correctamente português, não só porque lhe apeteceu ou quis, mas pelo profundo carinho e admiração que lhe merecem o Benfica e o país que o acolheram, e fazem dele hoje um adepto tão ferrenho e entusiasta como qualquer um de nós, com a particularidade sui generis e diferenciada de que também joga lá dentro por nós, com a mesma atitude e determinação, própria de um símbolo com voz e estatuto de capitão, que aponta com o dedo aos adversários o emblema do Benfica que ostenta na camisola.
Não tenhamos a menor dúvida, Samaris é mais benfiquista do que qualquer engravatado que ande por aí a passear-se pelas tribunas dos estádios, chame-se ele LFV ou DSO, e prova-o dentro e fora das quatro linhas e não precisa de andar a dar entrevistas encomendadas a jornais avençados nem ser o orador fanfarrão nos palcos pífios da web summit, para fazer valer o seu verdadeiro e inquestionável benfiquismo.
Tal como o Samaris: Amo-te, Benfica!
José Reis
Desconheço se foi por vontade genuína ou por cedência de muitos pedidos, ou até por remoques de má consciência, que Bruno Lage lhe voltou a atribuir a titularidade em Barcelos, e em boa hora o fez, pois voltou-se às vitórias sem golos sofridos e os motivos e as razões para o dirimir e prolongar desta obstinada opção do treinador, eram de todo inconcebíveis e inaceitáveis.
Até porque, por comparação com o caso do marroquino Taarabt, cujos comportamentos desviantes de insurreição - é bom recordar e lembrar -, andou dois anos a gozar com a paciência do Benfica, desrespeitando regras e condutas internas do clube, mereceu um tratamento e uma atenção completamente díspar da de Samaris, que talvez o único pecado que tenha cometido até hoje e que se lhe possa apontar é o amor e a dedicação que tem ao Benfica e a raça e a garra com que o defende.
Bruno Lage errou clamorosamente quando insistiu “ad nauseum” na titularidade de RDT, possivelmente mais por obrigação de quem o representava e dos 20 milhões de euros que custou do que pelo desempenho desportivo que mostrava, a ponto de ter sido despachado sem direito a devolução?
Bruno Lage também errou quando por vontade própria ou a mando de terceiros, riscou Samaris das suas opções, oscilando entre não-convocado que vai para a bancada ou para o banco de suplentes, completamente esquecido e marginalizado, para fazer uns minutos tão curtos e cronometrados que mais pareciam explícitas ofensas e faltas de respeito gratuitas para com o homem e o atleta?
Samaris, ao contrário de outros estrangeiros do plantel, aprendeu a falar correctamente português, não só porque lhe apeteceu ou quis, mas pelo profundo carinho e admiração que lhe merecem o Benfica e o país que o acolheram, e fazem dele hoje um adepto tão ferrenho e entusiasta como qualquer um de nós, com a particularidade sui generis e diferenciada de que também joga lá dentro por nós, com a mesma atitude e determinação, própria de um símbolo com voz e estatuto de capitão, que aponta com o dedo aos adversários o emblema do Benfica que ostenta na camisola.
Não tenhamos a menor dúvida, Samaris é mais benfiquista do que qualquer engravatado que ande por aí a passear-se pelas tribunas dos estádios, chame-se ele LFV ou DSO, e prova-o dentro e fora das quatro linhas e não precisa de andar a dar entrevistas encomendadas a jornais avençados nem ser o orador fanfarrão nos palcos pífios da web summit, para fazer valer o seu verdadeiro e inquestionável benfiquismo.
Tal como o Samaris: Amo-te, Benfica!
José Reis
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