A tão propalada «hegemonia portista» das últimas décadas, fez-se como sabemos com base num rol interminável de factores exógenos. Sem querer ser exaustivo, tento sintetizar da melhor forma que sei uma matéria que, de tão vasta que é, obrigar-me-ia a muito mais. Assim, a estratégia portista das últimas décadas contou com;
I) Controlo dos vários centros de poder directa ou através de ‘marionetas’ que aplicaram uma estratégia previamente definida e à medida dos interesses portistas, com especial ênfase para o sector da arbitragem.
II) Colocação de pessoas em lugares estratégicos nas várias áreas de influência (Ouvia-se falar recorrentemente em Políticos, Juizes, Advogados, Presidentes de Câmara, Dirigentes da Arbitragem, Árbitros, Delegados, Conselho de Justiça, etc.). Aqui, para dar uma ideia enganadora o Conselho de Disciplina normalmente não era controlado, pois ‘havia a certeza’ que ao recorrer para o Conselho de Justiça, este alterava sempre as decisões tomadas por aquele, o que levava a opinião pública a convencer-se que tinha havido justiça e democraticidade;
III) As ‘colaborações’ com vários dirigentes e clubes considerados estratégicos com o ‘empréstimo’ de jogadores que estavam impedidos de jogar contra o FCP e tentavam demonstrar a sua valia á ´casa-mãe’ fazendo os jogos da ‘sua vida’ sempre que defrontavam o SLB.
A ‘factura’ era paga, a troco de votações nas propostas e apoio das posições estratégicas do FCP nos vários órgãos do poder desportivo, declarações a enaltecer ‘a organização’, e obviamente contra o SLB. Havia ainda uma pequena ‘Nota de Crédito’ que passava pela promessa de apoio aos ‘Dirigentes/Clubes-Clientes’ nos vários órgãos. Alguns até foram salvos da descida de divisão através de outro expediente muito em voga durante várias épocas: o alargamento;
IV) O acordo estratégico estabelecido com o clube dos Viscondes, dos Brás Medeiros e dos Cazais Ribeiros para ‘destruir’ o SLB (O FCP dada a sua dimensão não se podia “dar ao luxo” de enfrentar de “peito aberto” o SLB e ainda menos ter os outros 2 grandes contra si), em que o clube de Alvalade assumiu o tradicional papel de ‘ordenança’, de subalternidade (e mais recentemente de ‘porta-voz’) e aceitou as ‘migalhas’ renegando assim toda a sua história e dando origem a um facto curioso e contraproducente; contentarem-se anos a fios com 2.º lugar – desde que, claro está – à frente do Benfica;
V) “Infiltração” de agentes no próprio SLB que passavam por “pacíficos e insuspeitos associados” mas que na prática o único objectivo era “minar” por dentro o clube e contribuir para uma constante instabilidade que atingia o auge nos princípios de época e nos momentos de insucesso;
VI) E, finalmente não menos importante, a colocação de vários “fazedores de opinião” (“opinion makers”) nos diversos órgãos de comunicação social (falada e escrita) cujo objectivo era, por um lado, desacreditar todas as Direcções do SLB e respectivas equipas técnicas e jogadores e assim impedir qualquer tipo de organização, por outro, empolar e agravar todas as situações desfavoráveis ao SLB e, por último, tentar desvalorizar e omitir o que de menos bom dissesse respeito ao SCP e branquear tudo o que se relacionasse em termos negativos com o FCP.
Os tempos agora são outros, felizmente, mas a herança de mentalidades é pesada. O anti-benfiquismo terá atingido o seu apogeu(?) e, por via dos que propalam versões distorcidas dos factos por meras convicções, e também dos que objectivamente engrossam o largo rol de orgãos oficiosos dos adversários, vê-se a cada instante.
Anónimo 25 Fevereiro, 2020 14:44 1.
Retirado do NGB
1, atenção ao ponto "V" onde se coloca tudo no mesmo saco!
ResponderEliminarPela óptica do comentador, pode-se considerar que todos os que contestem a actuação da estrutura são "infiltrados"!
Conversa manhosa que deve ser desmascarada!
Para além da pérola "no princípio da época e nos momentos de insucesso"!
Então a crítica está confinada ao fim da época, pelos vistos!
Quando já não há volta a dar aos erros cometidos ao longo da época!
E que, por acaso, se repetem na época seguinte!
2, muitas das situações enumeradas tem sido levadas à prática com a complacência e apoio da direcção do Clube (eleição do presidente da Federação, da Liga, dos árbitros, dos Meirins, calendário competitivo lesivo para o Benfica, etc.)
3, comentário nítidamente a "sacudir a água do capote" de toda a estrutura do S.L.B.!