Benfica, um caso político.
Capítulo 2
As receitas da formação e o novo contrato dos direitos desportivos permitiram ao Benfica ultrapassar os constrangimentos de financiamento referidos no capítulo 1 - resolução do fundo de investimento de jogadores e liquidação substancial do passivo bancário.
Porém há mais de uma década que a Administração da SAD procedia à diversificação e dispersão das fontes de financiamento; captação de novos patrocínios e recurso ao mercado obrigacionista.
A independência financeira tornou o clube-SAD menos vulnerável aos jogos de bastidores do sistema bancário - recordo que BES e BCP congelaram as contas do Benfica no tempo de Vale e Azevedo atirando o clube para uma crise sem precedentes.
Com este quadro percebia-se que o passo seguinte na guerra financeira movida ao Benfica seria de natureza reputacional.
Era necessário promover a desconfiança de patrocinadores e dos investidores de forma persistente.
Mais uma vez foi o ex-Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, a dar o primeiro lamiré logo no início do seu turbulento consulado; em plena operação de subscrição pública obrigacionista do Benfica, aquele dirigente, afirmou na comunicação social, que o Benfica estava falido!
Foi evidente a intenção de suscitar a retração da procura dificultando o financiamento do rival.
Afinal, este caso, configura a metáfora dum certo Portugal; a inveja e a falta de nobreza que consiste em preferir enfraquecer o outro em vez de aceitar o desafio da superação.
Fracassada a tentativa seguiu-se o assunto dos vouchers, com o labéu da corrupção agregado.
Todas as instâncias jurisdicionais desportivas decidiram contra o requerente mas o que importou foi degradar a credibilidade pública do velho rival.
Em geral, a comunicação social entrou no jogo, esmiuçando-lhe todos os detalhes com honras de primeira página.
Esgotado o tema, logo emergiu o caso dos mails roubados, como que saído de um qualquer automatismo secreto; um marginal com habilidades tecnológicas, que se afirmou empenhado em combater a corrupção no futebol, acedeu, à margem da lei, a documentação do clube que acabou manipulada e exposta no espaço público.
As autoridades, céleres, fustigaram as instalações do clube da Luz com sucessivas e espalhafatosas buscas, de que resultaram novos danos reputacionais deste. E tudo isto ocorreu quando, em certos jogos do campeonato, os indícios de corrupção eram percetíveis à vista desarmada do comum dos mortais, sem que tal tivesse suscitado - que saiba - qualquer reação por parte das mesmas autoridades!
É este quadro que suscita reflexão mais ampla; será que “o regime” político vigente tem algum problema com o Benfica?
Eu acho que tem e que é necessário denunciá-lo, olhos nos olhos.
Até porque é um caso extrapolável a outros setores da sociedade.
Peniche, 7 de Maio de 2019
António Barreto
Capítulo 2
As receitas da formação e o novo contrato dos direitos desportivos permitiram ao Benfica ultrapassar os constrangimentos de financiamento referidos no capítulo 1 - resolução do fundo de investimento de jogadores e liquidação substancial do passivo bancário.
Porém há mais de uma década que a Administração da SAD procedia à diversificação e dispersão das fontes de financiamento; captação de novos patrocínios e recurso ao mercado obrigacionista.
A independência financeira tornou o clube-SAD menos vulnerável aos jogos de bastidores do sistema bancário - recordo que BES e BCP congelaram as contas do Benfica no tempo de Vale e Azevedo atirando o clube para uma crise sem precedentes.
Com este quadro percebia-se que o passo seguinte na guerra financeira movida ao Benfica seria de natureza reputacional.
Era necessário promover a desconfiança de patrocinadores e dos investidores de forma persistente.
Mais uma vez foi o ex-Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, a dar o primeiro lamiré logo no início do seu turbulento consulado; em plena operação de subscrição pública obrigacionista do Benfica, aquele dirigente, afirmou na comunicação social, que o Benfica estava falido!
Foi evidente a intenção de suscitar a retração da procura dificultando o financiamento do rival.
Afinal, este caso, configura a metáfora dum certo Portugal; a inveja e a falta de nobreza que consiste em preferir enfraquecer o outro em vez de aceitar o desafio da superação.
Fracassada a tentativa seguiu-se o assunto dos vouchers, com o labéu da corrupção agregado.
Todas as instâncias jurisdicionais desportivas decidiram contra o requerente mas o que importou foi degradar a credibilidade pública do velho rival.
Em geral, a comunicação social entrou no jogo, esmiuçando-lhe todos os detalhes com honras de primeira página.
Esgotado o tema, logo emergiu o caso dos mails roubados, como que saído de um qualquer automatismo secreto; um marginal com habilidades tecnológicas, que se afirmou empenhado em combater a corrupção no futebol, acedeu, à margem da lei, a documentação do clube que acabou manipulada e exposta no espaço público.
As autoridades, céleres, fustigaram as instalações do clube da Luz com sucessivas e espalhafatosas buscas, de que resultaram novos danos reputacionais deste. E tudo isto ocorreu quando, em certos jogos do campeonato, os indícios de corrupção eram percetíveis à vista desarmada do comum dos mortais, sem que tal tivesse suscitado - que saiba - qualquer reação por parte das mesmas autoridades!
É este quadro que suscita reflexão mais ampla; será que “o regime” político vigente tem algum problema com o Benfica?
Eu acho que tem e que é necessário denunciá-lo, olhos nos olhos.
Até porque é um caso extrapolável a outros setores da sociedade.
Peniche, 7 de Maio de 2019
António Barreto
A espingarda rebentou lhe no FOCINHO, agora o tema é recorrer para o tribunal do direito do homem como se estes trastes fossem gente, o que ficará para a História será sempre o clube que foi condenado assim como o seu presidente por praticas de CORRUPÇÃO foi somente o F. C. Porto, isto sim ficará e perderá enquanto houver Humanidade, para a vergonha deles.
ResponderEliminarSimplesmente Brilhante!
ResponderEliminarpedro esteves - sócio 6598
Simples Antonio. O Benfica é Um clube nacional e isso entristece todas as forças politicas que querem acabar com o escalao nacional para passar ao nivel supranacional tipo ana Gomes a europeista por exemplo. Para fazer isso essas forças precisam de partir o sentimento nacional encorajando o regionalismo como fizeram com a catalunha por exemplo e o fekepe aqui. Desta forma estamos presos por baixo e por cima. Saudacoes gloriosas
ResponderEliminarJulgo que não andará longe da verdade. Abraço.
EliminarBrilhante, muito bem. Só uma correcção: as contas foram congeladas com Manuel Damásio. E quem apanhou com essas contas foi o Vale e Azevedo.
ResponderEliminarJulgo que estou certo, mas tentarei confirmar.
EliminarO que me dá a entender, pelo que vou conhecendo do comportamento humano, é a falta de coragem de políticos benfiquistas! Como todos sabemos, o verdadeiro Benfiquista é associado ao 'povo', sendo que a classe política faz de tudo pra não ser reconhecida nesse estatuto social. Também sabemos que os lagartos têm a mania de pertencer a uma tal 'classe ilustre', considerando-se nobres e até 'diferentes'! Na política eles esforçam-se pra beneficiar o mais possível o clube, estando nós em desvantagem já que os da nossa cor têm até, acho eu, alguma vergonha do que o nosso glorioso clube representa!
ResponderEliminarJulgo que a situação é um pouco diferente; nestes 45 anos o nosso Pinto da Costa e mais uns quantos, foram difundindo a ideia que o Benfica é um símbolo do salazarismo. Isto desconforta os políticos em geral, que preferem manter-se a distância, exceto nos grandes momentos.
EliminarTudo o que tem sido feito contra o Benfica, com beneplácitos vários (na área desportiva, política, empresarial e justiça) não é mais do que tentar nivelar por baixo os três maiores clubes nacionais!
ResponderEliminarA bem da competição, que por sua vez desagua e engorda a indústria do desporto, e nas grandes dívidas que os clubes tem para com a banca e privados!
Sem competição renhida não há receitas geradas a partir de 10 milhões de adeptos mas só, caso o Glorioso dominasse o desporto nacional, a partir de 6 milhões!
Os bancos não conseguiriam cobrar as astronómicas dívidas da dragartagem, senão vejam-se os perdões que tem sido dados de forma a mantê-los ligados à máquina!
Toda a corja de comentadores, jornalistas, jornais e pés de microfone azuis e verdes que entopem tudo quanto é informação rasca, zarolha, maldizente e manipuladora levaria um desbaste enorme!
E tudo porque a dragartagem, fruto das sucessivas más gestões, da delapidação propositada em benefício próprio de muita chulangaria que por lá passa, não consegue dar a volta por cima de forma e apresentarem-se como clubes capazes de crescer, de aumentar a sua base de sustentação, de serem apetecíveis ao investimento!
Então, a solução é a vergonha (num país dito democrático) a que se tem assistido!
O S.L.B., por razões que todos sabemos, porque assistimos, está a ser conduzido por gente que não é Benfiquista, como tal, permeável e de rabo preso aos interesses da indústria!
Que não são de forma nenhuma os do Clube!
Comparo a situação do desporto em Portugal à situação da crise entre os EUA e o Irão!
Como acomodar interesses antagónicos de forma a que todos saiam por cima é a pergunta que se põe e para a qual não vejo gente interessada em encontrar resposta!
Entretanto, lá vai a dragartagem dando luta, suja e mais por fora que por dentro e quem preside aos destinos do Glorioso não quer (e não sabe) dar a volta.
E mais uma vez ponho a questão:
Haverá quem, dentre os associados com anos para poder presidir aos destinos do Benfica, que saiba e tenha o poder de pôr toda essa já enorme escória de gente (o que se faz, a tão baixo que se chega para pôr pão na mesa!) no lugar?
E ao mesmo tempo relançar o Clube no panorama internacional?
Não compreendi se fez um elogio pela gestão competente, se tá a pôr defeitos por o clube ter nessa mesma gestão alguns que não serão benfiquistas. Fiquei até com a sensação que você acha que esses mesmos gestores estarão a minar o clube por dentro. Será que você acha que um gestor da Colgate não poderá usar uma pasta de dentes da Oral B? Não acha uma postura um bocado exagerada???
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