Com a anuência e aquiescência da UEFA e da FIFA, está-se a preparar o regresso do futebol mas sem adeptos e à porta fechada, tudo porque a ganância desmedida destas duas instâncias que superentendem as diversas ligas e federações, estão mais preocupadas em defender os seus coutos privados de negócios, do que propriamente em salvar ou dignificar o futebol.
Por muitas voltas que se queiram dar, não existe futebol sem adeptos, e se um é a razão de existirem os outros, infelizmente, há por aí uns inteligentes amestrados que se acham no direito delegado de decidir pelos dois, agindo apenas por interesses e conveniências de agendas próprias de circunstância, quando nem se dão conta de que a paixão que existe no futebol só pode ser dada e transmitida pelo clamor e entusiasmo que vem das bancadas pelos adeptos.
Lamentavelmente, o adepto normal, já pouco ou nada conta para o futebol de hoje, transformado vertiginosamente numa indústria aglutinadora e devoradora de muitos milhões de euros e de poucas ou nenhumas referências éticas, confinada a dirigentes ignorantes e incompetentes, que só se lembram que os adeptos existem quando reparam nas mais-valias de quotizações ou nas vendas de bilhetes de lugares cativos e por jogo, para agora não serem tidos nem achados neste agendamento atabalhoado e feito à pressa para se concluírem as jornadas suspensas que faltam disputar nas diversas ligas, com jogadores e equipas técnicas em quarentenas impostas e prolongadas sem treinarem, e muitos sem receberem, em situações de lay-off decretado e declarado, com muito pouca ou nenhuma vontade de voltarem a pisar um relvado, na conjuntura competitiva sui generis em que o vão fazer.
Não havendo as condições ideais asseguradas para um regresso pleno que dê segurança a todas as partes intervenientes num jogo de futebol, incluindo obviamente os adeptos, e por não haver ainda uma vacina disponível que elimine de vez este vírus maldito, e ao que tudo indica demorará a surgir entre um ano a um ano e meio, voltar ao futebol sem os adeptos nas bancadas dará uma sensação de traição e deslealdade infligida por quem quer matar o futebol aos poucos, prescindindo dele aqueles que ainda fazem dele a sua verdadeira paixão, e quando nos mandam para casa na condição de tele-adeptos(?) ligados por uma espécie de vídeo-futebol(?), longe e afastados das emoções únicas que só um estádio preenchido podem proporcionar, só podem estar a gozar e a brincar connosco.
Um jogo de futebol à porta fechada, sem a presença de adeptos e com as bancadas despidas e em silêncio, é um absurdo e um disparate sem sentido, e não será desta forma rocambolesca e precipitada que se vai recuperar e defender o futebol, que pelos vistos, no lugar de continuar a ser jogado lá dentro das quatro linhas continua a ser fintado e driblado por um punhado de tecnocratas engravatados cá fora, mais propriamente, nos envernizados gabinetes, que sem o contraditório de clubes manietados, aprovam e despacham o que mais lhes aprouver.
E se hoje é unânime afirmar-se que no futebol já não há jogadores nem presidentes com amor à camisola, como antigamente, imagine-se o que ele já não seria sem os adeptos, aqueles que nunca arredam pé e ainda lhe emprestam alguma verdade e autenticidade, e que estão lá sempre e não regateiam o apoio ao seu clube.
Se não há ainda condições para os adeptos voltarem aos estádios, também não é abri-los à disputa de jogos à porta fechada que se vai salvar o futebol e descontaminar a verdade desportiva, porque a pressão(?) das bancadas vazias vai ser bem aproveitada por alguns árbitros, sem máscara, para roubarem ainda com mais subtileza e desfaçatez.
Cá estaremos, não para o mitigar, mas para o comprovar!
Amo-te, Benfica! José Reis
Por muitas voltas que se queiram dar, não existe futebol sem adeptos, e se um é a razão de existirem os outros, infelizmente, há por aí uns inteligentes amestrados que se acham no direito delegado de decidir pelos dois, agindo apenas por interesses e conveniências de agendas próprias de circunstância, quando nem se dão conta de que a paixão que existe no futebol só pode ser dada e transmitida pelo clamor e entusiasmo que vem das bancadas pelos adeptos.
Lamentavelmente, o adepto normal, já pouco ou nada conta para o futebol de hoje, transformado vertiginosamente numa indústria aglutinadora e devoradora de muitos milhões de euros e de poucas ou nenhumas referências éticas, confinada a dirigentes ignorantes e incompetentes, que só se lembram que os adeptos existem quando reparam nas mais-valias de quotizações ou nas vendas de bilhetes de lugares cativos e por jogo, para agora não serem tidos nem achados neste agendamento atabalhoado e feito à pressa para se concluírem as jornadas suspensas que faltam disputar nas diversas ligas, com jogadores e equipas técnicas em quarentenas impostas e prolongadas sem treinarem, e muitos sem receberem, em situações de lay-off decretado e declarado, com muito pouca ou nenhuma vontade de voltarem a pisar um relvado, na conjuntura competitiva sui generis em que o vão fazer.
Não havendo as condições ideais asseguradas para um regresso pleno que dê segurança a todas as partes intervenientes num jogo de futebol, incluindo obviamente os adeptos, e por não haver ainda uma vacina disponível que elimine de vez este vírus maldito, e ao que tudo indica demorará a surgir entre um ano a um ano e meio, voltar ao futebol sem os adeptos nas bancadas dará uma sensação de traição e deslealdade infligida por quem quer matar o futebol aos poucos, prescindindo dele aqueles que ainda fazem dele a sua verdadeira paixão, e quando nos mandam para casa na condição de tele-adeptos(?) ligados por uma espécie de vídeo-futebol(?), longe e afastados das emoções únicas que só um estádio preenchido podem proporcionar, só podem estar a gozar e a brincar connosco.
Um jogo de futebol à porta fechada, sem a presença de adeptos e com as bancadas despidas e em silêncio, é um absurdo e um disparate sem sentido, e não será desta forma rocambolesca e precipitada que se vai recuperar e defender o futebol, que pelos vistos, no lugar de continuar a ser jogado lá dentro das quatro linhas continua a ser fintado e driblado por um punhado de tecnocratas engravatados cá fora, mais propriamente, nos envernizados gabinetes, que sem o contraditório de clubes manietados, aprovam e despacham o que mais lhes aprouver.
E se hoje é unânime afirmar-se que no futebol já não há jogadores nem presidentes com amor à camisola, como antigamente, imagine-se o que ele já não seria sem os adeptos, aqueles que nunca arredam pé e ainda lhe emprestam alguma verdade e autenticidade, e que estão lá sempre e não regateiam o apoio ao seu clube.
Se não há ainda condições para os adeptos voltarem aos estádios, também não é abri-los à disputa de jogos à porta fechada que se vai salvar o futebol e descontaminar a verdade desportiva, porque a pressão(?) das bancadas vazias vai ser bem aproveitada por alguns árbitros, sem máscara, para roubarem ainda com mais subtileza e desfaçatez.
Cá estaremos, não para o mitigar, mas para o comprovar!
Amo-te, Benfica! José Reis