Luís sobe, sobe a calçada, empedrada,
sobe e pode que nunca vai cansado.
Sobe, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe sobe a calçada, empredrada.
Saiu de Alverca
de madrugada;
regressa a Alverca
é já noite fechada.
De língua grosseira,
e pele queimada,
leva a carteira de acções
desenrascada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Luís já não é novo,
mas é desenrascado,
tem o bigode gordo,
bem lubrificado.
Ferve-lhe o sangue
de afogueado;
saltam-lhe os peitos
na empreitada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Passam empresários,
boa rapaziada,
que vende os jogadores
e ninguém dá por nada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empredrada.
Chegou a Alverca
não disse nada.
Pegou na mala,
deu-lhe uma checada;
bebeu a limonada
numa golada;
lavou a pasta,
varreu a garotada;
deu jeito à SAD
desarranjada;
descoseu a conversa
já remendada;
dormiu à pressa,
descansado;
saiu da cama
de uma penada;
chegou o contabilista,
viu-o animado;
contou-lhe a massa,
prá malta encantada.
Anda, Luís. Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Na manhã eleitoral,
sem alvorada,
salta da cama,
descomplexado;
puxa da carteira,
dá-lhe uma checada;
veste-se à pressa,
desengonçado;
anda, ciranda,
desaustinado;
range o bigode
a cada passada,
salta para a rua,
corre encantado,
galga o campo,
desce o estádio,
desce a calçada,
chega à academia
à hora marcada,
puxa que puxa, paga o que paga,[x 4]
toca a entrevista
na hora aprazada,
corre à academia,
volta à toada,
puxa que puxa, paga o que paga,[x 4]
Regressa a Alverca
é já noite fechada.
Luís arqueja
pela calçada, empedrada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada, [x 3]
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
(Poema de António Gedeão. Autor da adaptação desconhecido...)
sobe e pode que nunca vai cansado.
Sobe, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe sobe a calçada, empredrada.
Saiu de Alverca
de madrugada;
regressa a Alverca
é já noite fechada.
De língua grosseira,
e pele queimada,
leva a carteira de acções
desenrascada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Luís já não é novo,
mas é desenrascado,
tem o bigode gordo,
bem lubrificado.
Ferve-lhe o sangue
de afogueado;
saltam-lhe os peitos
na empreitada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Passam empresários,
boa rapaziada,
que vende os jogadores
e ninguém dá por nada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empredrada.
Chegou a Alverca
não disse nada.
Pegou na mala,
deu-lhe uma checada;
bebeu a limonada
numa golada;
lavou a pasta,
varreu a garotada;
deu jeito à SAD
desarranjada;
descoseu a conversa
já remendada;
dormiu à pressa,
descansado;
saiu da cama
de uma penada;
chegou o contabilista,
viu-o animado;
contou-lhe a massa,
prá malta encantada.
Anda, Luís. Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
Na manhã eleitoral,
sem alvorada,
salta da cama,
descomplexado;
puxa da carteira,
dá-lhe uma checada;
veste-se à pressa,
desengonçado;
anda, ciranda,
desaustinado;
range o bigode
a cada passada,
salta para a rua,
corre encantado,
galga o campo,
desce o estádio,
desce a calçada,
chega à academia
à hora marcada,
puxa que puxa, paga o que paga,[x 4]
toca a entrevista
na hora aprazada,
corre à academia,
volta à toada,
puxa que puxa, paga o que paga,[x 4]
Regressa a Alverca
é já noite fechada.
Luís arqueja
pela calçada, empedrada.
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada, [x 3]
Anda, Luís, Luís, sobe,
sobe que sobe, sobe a calçada, empedrada.
(Poema de António Gedeão. Autor da adaptação desconhecido...)